segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Media: acendendo o rastilho...

“Ahmadinejad: Israel e EUA não têm coragem de atacar o Irão”. Este foi o titulo e destaque que mais se viu logo pela manhã de hoje nos grandes jornais eletrónicos. Mas depois de ler os artigos em causa fiquei confusa. Transcrevo, por exemplo, o que escreveu a BBC no seu site em Português:

A declaração foi feita na coletiva de encerramento de sua visita ao Brasil quando um jornalista brasileiro perguntou se o Irã teria condições de repelir um ataque militar israelense ou americano.


"Entendemos que a era dos ataques militares já chegou ao fim. O tempo é de diálogo e reflexão”, disse Ahmadinejad.
“Usar armas e ameaças é coisa do passado até para pessoas atrasadas. Esses a que vocês se referiram (Estados Unidos e Israel) não têm coragem para praticar isso".


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091123_ahmadinejad_final_pc_np.shtml

Porque fazer passar a ideia de que o Irão está a desafiar outros países ou que pauta por uma postura belicista? Já todo o mundo está cansado de saber das violações contra os direitos humanos e outras coisas cometidas pelas autoridades do Irão, mas isso não dá o direito a ninguém de acrescentar ou neste caso insinuar coisas em desabono daquele país já queimado (com motivos…).

Onde está o senso de justiça e a imparcialidade que a imprensa tanto propala nos seus artigos? Parece-me uma falsa bandeira por eles exibida. O chamado quarto poder tem de usar as suas armas de forma construtiva, educativa e objectiva (ou para fins pacificos como Teerão quer usar as suas armas nucleares... he, he, he... desculpe, sim?).

A mensagem principal a passar neste caso é de que o Presidente iraniano se não defende a via pacifica em eventuais situações de crise, pelo menos diz isso como se pode ler na primeira citação. Como acaba de dizer um respeitado colega, os media são os primeiros a fazer a guerra! Não haja duvidas…

Porque não fazer algo como: “Ahmadinejad afirma que a reflexão e o diálogo são as armas a usar em situação de ataque”?


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