segunda-feira, 19 de abril de 2010

O cinzento existe sempre...

As minhas colegas saíram do serviço com microfone e gravador na mão com destino a um aeroporto próximo da cidade em que vivem. Foram ver a situação provocada pelo vulcão da Islândia e fazer um vox populi. Assim que regressaram cai em cima delas com um monte de perguntas passando por cima do chefe que estava preocupado com a peça para a emissão de hoje ou de amanhã. Depois de ter "caído na real" fechei a matraca... Mas fui atrás de uma delas, agora não com perguntas, mas com respostas as perguntas, que eu pessoalmente tinha dado sem conhecer a realidade, a espera de confirmação... do tipo: "então, o aeroporto estava lotado, muita gente a dormir no chão, as casas de banho imundas, e os cafés e restaurantes a faturarem para caramba, né?" e ela "não, o aeroporto estava vazio, só duas pessoas dormiam nos bancos e os trabalhadores dos cafés jogavam cartas...". E lá vi eu o meu filme "vandalizado" com aquela resposta... Tinha imaginado que nos grandes aeroportos os funcionários de limpeza estavam stressados e cansados de tanto limpar a sujidade feita por um mar de gente, que os hóteis estavam superlotados e os trabalhadores já nem tinham cabelos, que os restaurantes tinham pedido mercadorias em dobro, que os passageiros já não podiam ver sandes congeladas a frente...
A especulação também faz parte do cinzento...

Sem comentários:

Enviar um comentário